A Organização representou a FEE em painéis sobre gestão sustentável, clima e soluções que conectam floresta, cidades e oceanos na Conferência do Clima da ONU em Belém

O IAR representou a FEE na COP30, fortalecendo conexões que impulsionam educação e turismo responsável | Foto: Henrique Huff/MTur.
O Instituto Ambientes em Rede (IAR) marcou presença em diferentes momentos da COP30, realizada em Belém (PA), a primeira Conferência do Clima da ONU sediada na Amazônia. Representando a Foundation for Environmental Education (FEE), o IAR levou para o centro das discussões sua atuação em educação ambiental, turismo responsável e conservação costeira, em um encontro que reuniu governos, organizações, especialistas e comunidades para pensar justiça climática, transição ecológica e soluções que conectam floresta, cidades e oceanos.
A participação começou na sexta-feira, 14 de novembro, em um painel realizado na Blue Zone, área de acesso restrito da COP30 onde acontecem negociações oficiais entre países e debates estratégicos conduzidos por delegações e organizações internacionais. Organizado pelo Terre Policy Center, uma organização não-governamental (ONG) da Índia, o encontro abordou a transição da floresta ao oceano e iniciativas globais de conservação desses ecossistemas. Nesse espaço, o IAR, convidado a representar a FEE, apresentou o Programa Bandeira Azul sob uma perspectiva histórica, metodológica e com destaque para seus principais resultados e boas práticas acumuladas ao longo dos anos.
O debate contou com a presença de Marinez Scherer, enviada especial para Oceanos na COP30, que apresentou o panorama global da premiação e relembrou sua trajetória na implementação do programa no Brasil. Em seguida, Leana Bernardi, diretora-presidente do IAR e coordenadora nacional do Bandeira Azul, destacou a evolução, os desafios e os avanços do programa no país, reforçando a importância da gestão qualificada e da educação ambiental para fortalecer praias, marinas e embarcações premiadas.


O IAR representou a FEE na COP30, fortalecendo conexões que impulsionam educação e turismo responsável | Foto: Divulgação.
A presença de representantes internacionais ampliou o diálogo e reforçou a cooperação entre países na gestão sustentável dos ecossistemas costeiros. Entre eles, Ayman Cherkaoui, diretor do Centro Internacional Hassan II de Formação Ambiental e coordenador do Prêmio Mohammed VI para Clima e Desenvolvimento Sustentável, que trouxe a perspectiva do Marrocos e promoveu o intercâmbio de experiências entre diferentes regiões.
No sábado, 15 de novembro, o IAR ampliou sua atuação ao participar de dois painéis na Green Zone, área aberta ao público, dedicada ao compartilhamento de experiências e soluções socioambientais. À tarde, integrou o painel “Turismo Responsável: da Floresta ao Oceano”, promovido pelo Ministério do Turismo. O debate mostrou como boas práticas, educação e gestão podem transformar o turismo em uma força positiva para pessoas e territórios.
Leana Bernardi apresentou como a gestão qualificada de praias e marinas certificadas contribui para a melhoria da qualidade da água e o fortalecimento da governança ambiental. Fernanda Melo, coordenadora nacional do Programa Green Key Brasil, trouxe exemplos de ações que empreendimentos turísticos podem adotar para reduzir emissões e operar com critérios internacionais de sustentabilidade. A mesa foi moderada por Aline Tiagor, que diferenciou ecoturismo e Turismo de Base Comunitária (TBC) e reforçou a importância de práticas sociais responsáveis e da construção de um handprint positivo — contribuições duradouras que vão além da mitigação de impactos.









No painel do MTur, o IAR contribui para uma troca rica sobre como o turismo pode gerar impacto positivo em comunidades e territórios | Foto: Henrique Huff/MTur.
Ainda no sábado, o IAR e a FEE participaram do painel “Educação pertinente: construindo uma proposta de educação sustentável para e com todos”, promovido pelo Grupo BID, também na Green Zone. A discussão foi acompanhada pelos coordenadores nacionais do Programa Eco-Escolas Brasil e Eco-Schools Bangladesh, Aline Tiagor e Bidhan Chandra Pal, e reuniu especialistas e gestores públicos para debater caminhos para uma educação capaz de enfrentar desigualdades e desafios climáticos atuais.
Ana Cláudia Neves, Diretora de Diversidade e Inclusão da Secretaria de Educação do Pará, destacou os desafios de promover educação sustentável na Amazônia, desde questões logísticas até desigualdades regionais. A Secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixeira, apresentou o planejamento de resiliência climática do Estado e as ações de resposta às enchentes de 2024, que impactaram escolas e comunidades. Durante o debate, Aline Tiagor ressaltou como o Programa Eco-Escolas, alinhado à Aprendizagem Baseada em Projetos, permite que cada escola desenvolva ações conectadas à sua realidade, fortalecendo a autonomia das comunidades escolares e formando estudantes críticos, resilientes e protagonistas.
A presença do IAR na COP30 reforça o compromisso da organização em promover educação ambiental, qualificar a gestão pública e privada e fortalecer iniciativas que conectam a conservação da floresta ao oceano. Ao representar a FEE em diferentes espaços da conferência, o instituto contribui para ampliar debates, compartilhar experiências e construir, coletivamente, caminhos mais responsáveis, inclusivos e alinhados ao futuro do planeta.